quarta-feira, 11 de maio de 2011

Novo referendo pelo desarmamento

A Carta publicada no Globo (Maio/2011)-Por Gil Cordeiro Dias Ferreira

Que venha o novo referendo pelo desarmamento.
Votarei NÃO, como da primeira vez, e quantas forem necessárias.
Até que os Governos Federal, Estaduais e Municipais, cada qual em sua competência, revoguem as leis que protegem bandidos, desarmem-nos, prendam-nos, invistam nos sistemas penitenciários, impeçam a entrada ilegal de armas no País e entendam de uma vez por todas que NÃO lhes cabe desarmar cidadãos de bem.

Nesse ínterim, proponho que outras questões sejam inseridas no referendo:

· Voto facultativo? SIM!
· Apenas 2 Senadores por Estado? SIM!
· Reduzir pela metade os Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores? SIM!
· Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e NÃO por nepotismo? SIM!
· Reduzir os 37 Ministérios para 12? SIM!
· Cláusula de bloqueio para partidos nanicos sem voto? SIM!
· Fidelidade partidária absoluta? SIM!
· Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM!
· Ampliação do Ficha-limpa? SIM!
· Fim de todas as mordomias de integrantes dos três poderes, nas três esferas? SIM!
· Cadeia imediata para quem desviar dinheiro público? SIM!
· Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM!
· Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um terço? SIM!
· Voto em lista fechada? NÃO!
· Financiamento público das campanhas? NÃO!
· Horário Eleitoral obrigatório? NÃO!
· Maioridade penal aos 16 anos para quem tirar título de eleitor? SIM!

Um BASTA na politicagem rasteira que se pratica no Brasil? SIM !!!!!!!!!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O povo brasileiro pode mudar o curso da história... basta se manifestar!

Estou revoltada e porque não dizer, indignada com esse novo “escândalo Requião”, sim, porque nos últimos anos a vida desse político tem sido marcada por fatos que escandalizam aos olhos e, sobretudo aos ouvidos de seus eleitores e não eleitores.
O que me pergunto é :
-Como que um político desse porte ainda consegue se eleger???
Mas... aí lembro que estamos falando de eleições no BRASIL, onde todo podre vai para debaixo dos tapetes, e valorizado e eleito é aquele que rouba, engana, mente, trai o povo.

Não quero aqui me apresentar como agressiva politicamente e nem sair destilando preconceitos contra o Brasil, até mesmo porque amo o meu país (exceto pela Constituição de Leis que considero uma vergonha na maioria dos pontos e reafirmo que deveria ser refeita e também pela existência de alguns políticos que me fazem sentir vergonha de ser brasileira) … mas vamos ser realista:
-uma coisa que o nosso país não tem, como todos já puderam observar em textos, debates, seminários , é um debate político sério ou uma entrevista constituída de respeito na liberdade de resposta.
Refiro –me liberdade entre ambos os lados... sim!!
Pois ao meu ver a imprensa geralmente expressa-se naquilo que o povo quer saber. Nenhum repórter se move mediante um motivo pessoal.

Muita gente pode criticar a atitude de muitos repórteres, atacando-os e ate mesmo criticando-os de insolentes, indiscretos, não sabem respeitar, inventam, mentem, e outros adjetivos baixos como já tenho visto porém a imprensa é isso: trabalho de marketing em cima da imagem... a imprensa tem o poder de elevar o marketing e de rebaixa-lo , e isso condiz com o conteúdo que a pessoa expõe ao público.
E em se tratando de políticos brasileiros vejo que a maioria é assim: sentem-se poderosos, afinal estão ali porque o povo assim quis...
“ A voz do povo é a voz de Deus”.
E querem ser perguntados, fotografados, especulados, mas somente por aquilo que é do interesse deles ser publicado e exposto ao povo.
Se perguntam sobre algo que não gostam de falar, ou não respondem, ou fingem não terem entendido a pergunta, alguns ainda cheios da boa educação e política da paz vai logo dizendo que “agora não há tempo, mas faz questão de retomar esse assunto numa outra oportunidade” e outros, já partem logo para atos de baixaria, agressividade e ataques orais de baixo calão.
A prepotência e arrogância por parte de alguns políticos - a maioria, diga-se de passagem - se manifesta quando se busca entre eles a verdade.
Aí sim... quando a imprensa busca a verdade é como pisar no calo deles ou melhor dizendo: é como se pisar em rabo de gato... logo ficam ariscos, gritam , esbravejam e colocam-se prontos para o ataque.
É comum ver políticos agredindo repórteres.
Depois da agressão geralmente vem com o velho papinho sem vergonha que “merecem o direito de resposta” .
Que direito de resposta é esse?????
O repórter que foi agredido é que ficou sem o direito a sua resposta e consequentemente , o povo também ficou sem esse direito de resposta, visto que o que os repórteres perguntam geralmente é aquilo que nós, povo brasileiro, queremos saber.

Bom, mas o que me leva a manifestar-me nesse texto, não é pra falar sobre a imprensa brasileira e sim sobre a postura vergonhosa do Senador Roberto Requião.
Vejo um homem em carreira decadente quando teria nas mãos tudo para encerrar sua carreira política com chave de ouro.
Requião vem acumulando em seu perfil político uma série de episódios marcados por descontrole comportamental, desrespeito não somente a classe de profissionais da área de jornalismo mas sobretudo desrespeito público ao povo que o elegeu.
Algumas matérias chegam a cogitar que Senador Requião é louco e doente, que necessita de tratamento psicoterápico, o que eu discordo totalmente.
Considero puro descontrole mesmo, falta de respeito, falta de educação, insolência, alguém que se acha inatingível, alguém que se vê superior e não aceita ser contrariado, alguém que pensa que seu poder é bem maior do que na verdade.
Venho acompanhando as manchas de baixarias e falta de respeito que vem se acumulando em seu “currículo político” e me pergunto:
-Será que ele se considera o povo brasileiro tão burro assim capaz de pensar que tudo isso não será lembrado em eleições futuras??

Vejamos, numa breve viagem ao que esse “ilustre boca suja” realizou:
Como governador Roberto Requião realizou um bom trabalho pelo Estado do Paraná.
Se comparados seu governo com governos anteriores, isso fica ainda mais evidente exceto por Álvaro Dias e Jaime Lerner, do PSDB e Dem respectivamente.
Vale lembrar alguns feitos marcantes: a luta contra os trangênicos, a batalha contra o abuso das concessionárias de pedágios, implantadas nos governos anteriores.
Seu governo construiu casas populares, trabalhou pela recuperação de estradas, reequipou a segurança pública e infraestrutura de saúde, e implantou programas sociais como o Leite das Crianças, Luz Fraterna e Tarifa Social da Água.
Tem se apresentado inclusive como um grande vencedor nas urnas: deputado estadual (1983-85), prefeito de Curitiba (1986-89), governador do Paraná (1991-95), senador da República (1995-2002), Governador do Paraná (2003-2011). Como Senador atual, Requião teve a maior votação proporcional da história do Paraná.
Hoje além de Senador, ocupa a presidência da Comissão de Educação do Senado.
É formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná e em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e cursou Urbanismo pela Fundação Getúlio Vargas.

-Como um homem tão culto assim, com 3 faculdades reconhecidas e respeitadas, um histórico de vida baseado em grandes feitos e realizações e um currículo que o põe como um grande vencedor nas urnas pode permitir que se acumulem tantos episódios de vergonha e desrespeito se sobreponha a isso?
-Como que um homem formado em Jornalismo não aceita, não compreende e não respeita o trabalho livre da imprensa a ponto de tomar o gravador de um repórter, agredi-lo e ameaça-lo verbalmente, só porque não tinha resposta para uma pergunta que o povo todo gostaria de saber?
-Como pode um advogado não ter noção do direito que o repórter tem em realizar seu trabalho?
-Como pode um advogado agredir e ameaçar verbalmente um profissional exercendo seu trabalho? Como pode um advogado se apresentar como vítima de bullyng quando na verdade foi ele quem praticou contra o profissional que ficou sem seu material de trabalho, foi ofendido publicamente e ameaçado alem de comparado a outros profissionais como sendo pessoas que atuam no sentido de prejudicar (comparando aos repórteres do CQC; isso é preconceito, pré julgamento e ato de bullyng).
-E o pior: Como pode alguém ser presidente na Comissão de Educação se nem ele próprio sabe agir com educação ??
Onde estão os princípios de educação, de moral e de civilidade nas atitudes de Roberto Requião? Se as teve um dia ficaram no passado e as atuais atitudes não nos deixa lembrar. Requião é inerente a atos educados... diz palavras de baixo calão a qualquer pessoa, a qualquer hora em qualquer lugar... acha-se no direito de falar o que lhe vem a cabeça, não se importando se o ato o denigre ou não como falta de educação e respeito.
A liberdade de imprensa existe... o direito de resposta existe... mas prevalece a quem???
Roberto Requião vem se demonstrando totalmente sem controle algum quando abre sua boca e fala aos “4 ventos” sem medir conseqüências, sem medir limites , usa palavras de baixo calão, ofende, xinga e agride as pessoas sem medir conseqüência alguma. Diz que suas brigas são justas. Justas onde??? Justas para quem?
Se suas brigas são justas , ele já perdeu a razão no exato momento que ao agir, usou de atitudes agressivas e palavras de baixo calão ou ameaçadoras ao seu adversário.
No Congresso, Requião já é considerado motivo de piada e vem sendo isolado pelos companheiros políticos, que argumentam: “nunca sabemos quando ele está de bom humor ou não”.
Chamado por alguns políticos de Maria Louca, suas atitudes vem fazendo jus ao apelido.
Algumas matérias dizem que Requião vem acumulando fatos bizarros de descontrole e desrespeito público e de tão absurdos, as vezes parecem cômicos.
Reinaldo Azevedo chega a citar numa de suas matérias que Requião devia procurar um jornalista do tamanho dele pra brigar: O Arnaldo Jabor, por exemplo, e que esse o senador não é homem de encarar!
Mas eu não acho nada cômico essas atitudes de Requião. Considero isso, no mínimo vergonhoso.
Lembro de um episódio em 2010, em tempo de campanha, um conflito físico dele com o deputado federal Rubens Bueno.
Lembro também da atitude dele com relação à campanha do câncer de mamas e o ato preconceituoso declarado contra os gays.
Como governador do Paraná, ocupou m horário na TV Educativa estatal para fazer política e atacar adversários e o Poder Judiciário.
Outro episódio também foi em 2005: Num discurso dele contra os trangênicos, ele destratou os agricultores que protestavam no local.
E ele já fez coisas bem piores, que embora não tenham tido tanta repercussão considero-as completamente como falta de respeito.
Na época quando soube, eu precisei pesquisar para ver eram reais pois eu não conseguia aceitar que tamanhas atitudes dessas poderiam realmente ter acontecido:
- Alguns anos atrás, no norte do Paraná, Requião quase quebrou o dedo de um jornalista que tentava entrevistá-lo.
-Na cerimônia de sua diplomação para o segundo mandato, mandou que, meia dúzia de gatos pingados que o apupavam fossem tomar naquele lugar; chamou-os de FDP, e não satisfeito com isso, ainda mandou que enfiassem no sagrado lugar, o mastro das bandeiras que empunhavam…
nossa!!!! Isso é vergonhoso demais!!
Ele não mede suas palavras. Mandar alguém “tomar.....” ou “elogiar” alguém de FDP são atos tão “normais para ele que ocorrem com freqüência; ele se põe a repeti-los não importando a quem possa doer.
Requião possui um repertório de manifestações, gestos e atitudes que o caracteriza como alguém que não tem o mínimo de respeito.
Em seu último ato vergonhoso, o de arrancar o gravador do repórter da rádio Bandeirantes, depois do mesmo ter lhe perguntado sobre a aposentadoria de R$ 24,5 mil que recebe como ex-governador, demonstra o desprezo da classe política brasileira não só pela opinião pública, mas também e principalmente pela transparência e pelo dever de prestar contas de seus atos e de sua vida pública à população.
Não acho nada de absurdo nessa pergunta do repórter e também não acho que essa pergunta represente alguma forma de ameaça do repórter, como diz Requião.
Nem considero uma pergunta impertinente.
Absurdo é o valor de R$24,5 mil que Requião recebe como ex governador!
Isso é no mínimo um atentado contra a dignidade dos milhões de aposentados e segurados da Previdência Social.
Em pesquisa recente, venho, a saber, que o valor máximo de benefícios que um segurado do INSS pode obter, após 35 anos de contribuição, é exatamente o valor de R$ 3.691,57. E esse valor não é “mérito” direito de todos, não! Poucos conseguem receber esse valor. As grandes maiorias dos segurados, mesmo contribuindo durnate muitos anos não atingem o valor máximo de benefícios.
Daí vem Requião recebendo uma aposentadoria de quase R$ 25 mil reais? É um absurdo!
Mediante a isso que declaro talvez Requião “se coloque na defesa” ou outras pessoas que o defendem digam que também outros políticos recebem essa pensão.
E que até mesmo existem políticos com ganhos mais elevados que esse valor.
Não interessa! Outros políticos que recebem esse valor de aposentadoria ou valor maior que esse vai ser absurdo também!!
O fato de existir outros políticos não tira Requião desse fato. São todos casos de desrespeito contra o público brasileiro.
Essa agressividade sempre presente em suas atitudes acompanhada de um linguajar “chulo” vem revelando em Requião, traços de uma personalidade desequilibrada e que no mínimo deveria preocupar sua família no intuito de buscar apoio médico ou então tentar conscientiza-lo quanto aos direitos e deveres do cidadão e principalmente os direitos e deveres dele como homem público .
Nesse seu último episódio vergonhoso, Requião ameaça o repórter:
- Você já pensou em apanhar?, disse Requião duas vezes.
- Eu estou só perguntando, contestou o jornalista.
- Não vai gravar mais p… nenhuma. Vou ficar com isso aqui.(e toma-lhe o gravador para depois lhe devolver com a memória apagada).
Não satisfeito com o escândalo, tem a cara de pau de se comparar a Jesus Cristo e diz ser vítima e estaria sofrendo de “bulliyng” por parte da imprensa jornalística.
Se houve “bulliyng”, na verdade, a vítima foi o jornalista.
Agora mais absurdo e constrangedor ainda é Requião tentar consertar a situação sugerindo uma nova lei.
Vejam! Uma lei que amordaça os repórteres impedindo-os de manifestarem-se através de perguntas. E Requião tem a coragem de dizer:
- "Acho que é o momento correto para acabar com o abuso, com o verdadeiro bullying que sofremos nas mãos de uma imprensa muitas vezes irresponsável”.
Acabar com o abuso? Irresponsável? Mas isso é ótimo!
Que isso seja um direito de todos nós então!!
Se vamos acabar com o abuso e atos irresponsáveis podemos começar pelos políticos brasileiros: salários, aposentadorias, isso pra não entrar em outros detalhes.
Isso tudo sim que é abuso! Isso tudo sim que são atos de irresponsabilidade e desrespeito para com o povo brasileiro.
Permitir que um ex governador ganhe um aposentadoria de quase R$25 mil reais... quer abuso maior que isso?
Requião agora fala em impedir que a imprensa faça a edição de textos e imagens.
Ao que tudo indica, o senador pretende transformar o relato de todos os veículos de comunicação em uma burocrática exposição do ponto de vista dos poderosos, sem cortes ou contrapontos, de preferências sem... perguntas.
Está com medo do que , sr. Senador?
Não é senhor, o super herói que enfrenta a todos sem medo e sem censura?
Eu quero lembrar ao ilustre Senador que só o fato dele compor o Parlamento já o coloca exposto a perguntas.
O Parlamento é um local onde se fala, se discute, expõem-se divergências de idéias, e não podem faltar perguntas.
Portanto é ridículo o Senador sugerir leis que possam impedir a liberdade da imprensa de executar seu trabalho.
Mais ridículo ainda é subjugar a inteligência do público que o elegeu.
Os jornalistas sempre vão agir em cima daquilo que o povo brasileiro quer saber.
Não adianta querer impedir que as pessoas - cidadãos, eleitores e principalmente jornalistas - falem, critiquem e façam perguntas.
E dentro do que a nossa lei já exige, todo homem público têm sim que responder a perguntas, indagações e questionamentos, o que é inerente à função pública de um parlamentar.
Ressalto o que li há poucos dias numa reportagem de Medeiros de Abreu:
- “Não existem perguntas incovenientes. O que existem são respostas inadequadas".
Onde estaria o erro da pergunta do repórter, senador? A pergunta não justifica tal atitude agressiva por parte de um homem que ultimamente tem acumulado episódios de agressividade e nítida aversão ao trabalho jornalístico.
Eu perguntaria muito mais. Iria mais além . Afinal são quase R$ 25 mil mensais que Requião recebe por ser ex-governador, sem que exista recolhimentos equivalentes a esta monumental pensão.
Consta que o Tribunal de Justiça do Paraná revogou a decisão que garantia ao senador o recebimento da pensão. No final de março, o atual governador Beto Richa cancelou as aposentadorias de quatro ex-governadores, além de Requião. Segundo a Folha de S. Paulo, todos os quatro, porém, continuam recebendo o benefício porque recorreram da decisão do governo.
Eu apoio totalmente o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) que encaminhou à Mesa Diretora do Senado representação contra o senador por ter tomado o gravador de um jornalista.
Apoio e ainda sugiro que se faça algo para que esse fato não venha a ser escondido debaixo do tapete como tantos outros episódios de desrespeito praticados por esse homem.
Requião tem a cara de pau de falar sobre a necessidade de cortes nos gastos públicos. Não inclue a sua aposentadoria nesses gastos públicos porque?
Ora, deveria no mínimo dar exemplo como cidadão daquilo que vem sugerindo.
Cortar o que? O povo brasileiro já tem “cortes” e mais “cortes” em tudo quanto é direito. Só não “cortam” os deveres do povo brasileiro.
O povo brasileiro precisa aprender a se manifestar e exigir mais dos políticos. Afinal somos nós que elegemos e colocamos esses “ilustres” caras de pau ali no poder.
Eu sugiro que o povo brasileiro não veja esse episódio apenas como um ato de desrespeito contra a imprensa jornalística ou mais uma “babaquice” causada pelas loucuras de Requião, mas sim, que o povo brasileiro tome esse episódio como contrapartida e exigir o fim de pensões opulentas como essa do Senador Requião.
Se o povo se unir temos como impedir absurdos como esse.
E não se iludam quando ele diz que quer direito de resposta.
Quem ficou sem resposta foi o repórter que estava somente exercendo seu trabalho. Requião quer é o direito de calar as perguntas que podem levantar verdades em sua vida!

(Texto sem cortes. Autoria de Selene Lipe. Publicado hoje 02/05/2011 em vários meios de comunicação)

domingo, 1 de maio de 2011

SENADOR E O "BÚLINGUE"

domingo, 1 de maio de 2011
SENADOR E O BÚLINGUE

Demorou, mas finalmente apareceu um senador com óleo de peroba o suficiente para dizer diante das câmeras de TV que os nobres parlamentares não suportam mais os sofrimentos que lhes são impingidos pela imprensa brasileira.
Textualmente, e com pronúncia adaptada ao accent da boa Língua Portuguesa, não se sabe se por inabilidade verbal ou para agradar os puristas da Língua que vivem esperneando com o uso de termos em inglês na linguagem cotidiana e lhes surrupiar uns votinhos, o senador Roberto Requião, do Paraná, queixou-se na TV de que não aguenta mais o ‘búlingue’ (sic) que ele e seus colegas de vida política sofrem por parte da imprensa.

No início da semana, o senador, ao ser questionado por um repórter sobre as razões pelas quais, em nome da necessidade de redução dos gastos públicos no país, não abre mão da pensão vitalícia de R$ 24 mil que recebe por ter sido governador do Paraná, teve um ataque de fúria: perguntou ao jornalista se este estava pensando em apanhar, arrancou o gravador de suas mãos e levou para seu gabinete.
Só o devolveu após apagar a gravação do chip.

Numa estratégia meio enviesada de se fazer um novo jornalismo à moda do Senado, Requião postou todo o conteúdo da entrevista em seu site, fato que usou como argumento a seu favor. Disse que só tomou o gravador e apagou o conteúdo antes de devolver porque não confia nas versões da imprensa sobre suas falas e não queria que suas declarações fossem editadas e adulteradas.
Contumaz em indelicadezas, Requião argumentou no dia seguinte que agiu assim porque perdeu a paciência com o bullying que sofre de uma imprensa que faz perguntas encomendadas:
“Temos que acabar com o abuso, o búllingue (sic) que sofremos, não só eu, mas meus colegas e a sociedade brasileira, nas mãos de uma imprensa provocadora e irresponsável”.
Isso não foi dito por um ator em um programa de humor, mas por um senador da República, com veiculação na edição de terça-feira do Jornal Nacional.

PALHAÇO :
Diante das proporções que a repercussão do caso ganhou, com o jornalista dando queixa na Polícia Federal, o presidente do Senado, José Sarney, exerceu com talento o seu papel de Pilatos ao dizer que não vira nada demais no comportamento do colega.
“Isso não deveria ter acontecido, mas é um caso isolado. Temperamento, cada um tem o seu”.
Ah tá. Como dizem os cariocas: senta, Cláudia.
Ainda sobre o ato de arrancar o gravador do repórter, Requião filosofou, lacônico:
“Há momentos em que a indignação é uma virtude”.
Para quem não sabe, Requião preside a Comissão de Educação do Senado.
E o povo cheio de atitude das redes sociais acha escandaloso mesmo é o fato de o palhaço Tiririca integrar, como reles membro ordinário, sem poderes, a comissão equivalente na Câmara dos Deputados.

A cereja desse bolo é a desfaçatez com que um senador, que vive de salário público, tem contas a prestar ao cidadão brasileiro que o remunera (e bem, e duplamente, como parlamentar e como ex-governador) dá-se ao cinismo de declarar de forma arrogante que não confia na imprensa para transformar suas declarações em informação e que, por isso, decidiu arrancar a força um gravador de um repórter e veicular, ele mesmo, a entrevista bruta.
O caso deixa escancaradas, por baixo, duas janelas interpretativas.
A primeira é que boa parte do Congresso Nacional, embora seja eleita pelo voto popular e viva falando das maravilhas da democracia, na verdade não passa de um conjunto de viúvas da ditadura, que dariam a mãe para proibir a imprensa de dizer um A que não fosse favorável a seus egos deformados e autoritários.

SUL DO CORPO:
A segunda janela, o outro aspecto que veio à tona no episódio Requião, é a velocidade avassaladora com que o conceito de bullying vem sendo banalizado e vulgarizado. Todos os comportamentos torpes, violentos e autoritários, das tragédias a pequenos crimes e agora as reações desequilibradas de políticos passam a ser atribuídos a meras reações ao bullying.
O fato de tudo ser considerado consequência de buylling representa o risco de, dentro de pouco tempo, desgastar tanto o fenômeno a ponto de ele não mais ser levado a sério nos casos em que, de fato, promove violência e interfere na vida e na saúde psíquica de quem dele é vítima real.
Se um senador autoritário e já dado antes a espasmos de agressividade verbal e física acha-se no direito de se considerar vítima da imprensa, o que dizer da sociedade brasileira dos seus representantes políticos, que lhes impingem toda a sorte de desrespeito e continuam a usufruir de todas as benesses que o poder mal exercido pode proporcionar?

Nas bandas de cá, nos domínios internos da terra da felicidade, a Bahia de Todos Nós, o fato midiático de maior relevância durante a semana foi a negociação entre o governador do estado, Jaques Wagner, e uma empresa de lâminas de barbear, interessada em arrancar-lhe a barba em uma estratégia de marketing que já depilou o líder do Chiclete com Banana, Bell Marques, no Carnaval deste ano.
A ideia brilhante foi do reunidor de ricos em complexos hoteleiros de luxo para cuidar da pobreza órfã, João Dória Júnior, o mauricinho oficial do bom mocismo entre as celebridades brasileiras.

A cotação da barba do governador baiano, diz-se que cultivada há 30 anos, foi muito mais baixa que a do cantante do axé, cujo cachê foi especulado em torno de um milhão e meio, ao passo que Wagner receberá 500 mil para serem investidos, anuncia-se, pelo Instituto Ayrton Sena em projetos sociais na Bahia.
As criancinhas pobres devem ser instadas a agradecer, mas os adultos de bom senso sabem que não era preciso se chegar a tanto para arrecadar essa quantia não fosse o efeito midiático que factóides desse tipo têm hoje.
Se a moda pega, as moças do poder e da fama, da Bahia e alhures, logo logo terão suas tabelas de preço anunciadas para extirpar os pelos ao sul do corpo.

(Fonte desse artigo: Blog do Ricky - Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora da Facom-UFBA.
Texto publicado originalmente em 01 de maio de 2011, no jornal A Tarde, Salvador/BA.)

Senador R.Requião diz que sofre bullyng por parte da imprensa

Senador cita Cristo e fala em bullying

Um dia depois de ameaçar fisicamente e tomar o gravador das mãos de um repórter no plenário do Senado, Roberto Requião (PMDB) usou a tribuna da Casa para reclamar do bullying que, segundo ele, é praticado pela imprensa contra os políticos. O senador admitiu que "perdeu a paciência", comparou sua indignação à de Jesus Cristo "contra os vendilhões do templo", mas não esboçou qualquer tipo de retratação.

Também não comentou o trecho da gravação divulgada anteontem em que pergunta ao jornalista Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes, se ele "já pensou em apanhar?"

Na saída do plenário, seguido por cerca de 20 repórteres, fotógrafos e cinegrafistas, ele apenas disse que "não houve ameaça alguma".
"Se você ouviu a gravação, não me pergunte nada.
Não vou dar a oportunidade de vocês editarem a minha opinião."
Segundo Bo­­­yadjian, entretanto, ele deixou a entrevista de anteontem falando pelos corredores que "estava louco para bater num moleque".

A ameaça fez o repórter registrar um boletim de ocorrência na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. O caso seguiu para a corregedoria da PF, que decidirá se ela é o órgão competente para realizar a investigação. Se for, o caso será distribuído a uma delegacia, haverá abertura de inquérito e todas as partes serão ouvidas.

"Eu não quero fazer nada contra ele, só quero me proteger. Nunca fui ameaçado antes", afirmou Boyadjian.

No discurso de ontem, Requião usou argumentos parecidos aos que já vinha escrevendo em sua conta no microblog Twitter.
Ele confirmou que foi procurado pelo jornalista para comentar sobre a influência dos gastos públicos na alta da inflação, mas que sentiu "doses de provocação" quando Boyadjian ligou a questão à pensão de R$ 24,1 mil que recebe como ex-governador do Paraná.

"Ao estilo CQC ou Pânico [programas humorísticos de televisão], o repórter queria como que me extorquir respostas, não para esclarecer o tema, mas para acuar o entrevistado, ao modelo desses programas que citei.
Foi quando perdi a paciência e peguei o gravador do repórter.
Por que o fiz?
Para que ele não editasse a entrevista, não a picotasse, não a desfigurasse", afirmou.

Como resposta a supostos desvios da imprensa, Requião defendeu a criação de uma lei que agilize a concessão de direito de resposta.
"Acho que é um momento correto para resolvermos esse problema e acabarmos com o abuso, com esse verdadeiro bullying que sofremos, nós, os brasileiros, parlamentares ou não, nas mãos de uma imprensa, muitas vezes, absolutamente provocadora e irresponsável."
No episódio, porém, não caberia direito de resposta porque nada chegou a ser veiculado pela Rádio Ban­­­deirantes contra Requião.

(Fonte: Jornal Portal do Paraná - em 27/04/2011)

Odeio Prepotência

O texto abaixo foi publicado nesta quinta-feira (28/04/2011)
no Facebook de Paloma Jorge Amado e reproduzido no blog de Cláudia Wasilewski

Odeio Prepotência
(Paloma Jorge Amado*- filha de Jorge Amado)

Era 1998, estavamos em Paris, papai já bem doente participara da Feira do Livro de Paris e recebera o doutoramento na Sorbonne, o que o deixou muito feliz. De repente, uma imensa crise de saude se abateu sobre ele, foram muitas noites sem dormir, só mamãe e eu com ele. Uma pequena melhora e fomos tomar o aviao da Varig (que saudades) para Salvador.

Mamãe juntou tudo que mais gostavam no apartamento onde não mais voltaria e colocou em malas. Empurrando a cadeira de rodas de papai, ela o levou para uma sala reservada. E eu, com dois carrinhos, somando mais de 10 malas, entrava na fila da primeira classe. Em seguida chegou um casal que eu logo reconheci, era um politico do Sul (nao lembro se na época era senador ou governador, já foi tantas vezes os dois, que fica dificil lembrar). A mulher parecia uma arvore de Natal, cheia de saltos, cordões de ouros e berloques (Calá, com sua graça, diria: o jegue da festa do Bonfim). É claro que eu estava de jeans e tênis, absolutamente exausta. De repente, a senhora bate no meu ombro e diz: Moça, esta fila é da primeira classe, a de turistas é aquela ao fundo. Me armei de paciência e respondi: Sim, senhora, eu sei. Queria ter dito que eu pagara minha passagem enquanto a dela o povo pagara, mas nao disse. Ficou por isso. De repente, o senhor disse à mulher, bem alto para que eu escutasse: até parece que vai de mudança, como os retirantes nordestinos. Eu só sorri. Terminei o check in e fui encontrar meus pais.

Pouco depois bateram à porta, era o casal querendo cumprimentar o escritor. Não mandei a putaquepariu, apesar de desejar fazê-lo, educadamente disse não. Hoje, quando vi na tv o Senador dizendo que foi agredido por um repórter, por isso tomou seu gravador, apagou seu chip, eteceteraetal, fiquei muito retada, me deu uma crise de mariasampaismo e resolvi contar este triste episódio pelo qual passei. Só eu e o gerente da Varig fomos testemunhas deste episódio, meus pais nunca souberam de nada…

* Paloma Jorge Amado é psicóloga.
Define a sua preferência política desta forma. “Sou livre pensadora. Odeio tudo que é contra o povo, reacionário, retrógrado, preconceituoso. Se tivesse que escolher uma ala, escolheria a das Baianas.”

(Fonte: Veja.abril.com)

O bullying na política

GAUDÊNCIO TORQUATO - O bullying na política
O Estado de S.Paulo - 01/05/11

O estilo é a marca principal do político, a estética de sua ação.
O senador Roberto Requião que o diga. Faz do estilo montaria de batalha.
São muitos os episódios em que o ex-governador do Paraná aparece dando vazão a um repertório de manifestações, gestos e atitudes que dão realce a um ator cujo desempenho poderia surpreender o renomado mestre da arte teatral Constantin Stanislavski.
Pois Requião "vive" intensamente o papel, não fica na mera interpretação.
Daí parecer autêntico, sem meias palavras, despachado, um cabra da peste.
Como um dândi no meio da plantação, chama a atenção pelo prazer de espantar as mais distintas plateias.
O senador cultiva o hábito de guerrear com palavras e acaba borrando a imagem com tintas da polêmica.
O recente episódio em que tomou o gravador de um repórter que lhe perguntara sobre a aposentadoria vitalícia ocorreu para se defender de uma imprensa "absolutamente provocadora e irresponsável", a quem acusa de praticar bullying.
O conceito, como se recorda, ganhou ênfase no meio da discussão provocada pelo assassinato de 12 crianças numa escola de Realengo, no Rio de Janeiro. Trouxe à tona a história do assassino Wellington Menezes, que, em carta, lembrou os atos de violência psicológica a que foi submetido quando estudante naquele estabelecimento.

O tema está na ordem do dia dos educadores, pela gravidade que tem assumido nos espaços escolares.
Puxá-lo, agora, para a arena política e, mais ainda, pela expressão de um senador da República é um ato que carece fundamentação.
A intenção de Requião ao acusar a imprensa de praticar bullying seria mero artifício para justificar a "perda de paciência", caracterizada pelo gesto de arrancar o gravador das mãos do repórter (e depois devolvê-lo sem a gravação), ou ele está mesmo convencido de que jornalistas e programas, como os citados CQC e Pânico, invadem a esfera pessoal de entrevistados com "doses de provocação", praticando, por conseguinte, violência psicológica?
A expressão senatorial não se sustenta. Confunde escopos.
Programas humorísticos não são eixos centrais da imprensa.
Suas funções essenciais são as de informar, interpretar e opinar.
Entreter é uma função secundária.
Quando um jornalista perquire um mandatário sobre patrimônio, proventos, benesses, prêmios, viagens, ações, gestos e atitudes, ele o faz porque tal acervo é de interesse daqueles que ele representa.
O homem público precisa prestar contas de todos os atos que, de forma direta ou indireta, têm relação com os bens e valores da República.

Pelo que se sabe, a entrevista com o senador versaria sobre sua aposentadoria vitalícia, garantida por uma liminar que, posteriormente, foi revogada pelo Tribunal de Justiça do Paraná.
O tema, portanto, era pertinente, eis que a aposentadoria vitalícia, prevista pela própria Constituição federal, deverá ser objeto de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal.
Sob esse prisma, não se justifica o rompante agressivo do ex-governador.
Não se tratava, pois, de abordagem humorística, e sim de pauta jornalística.
Um alto representante congressual não pode deixar de discorrer sobre assunto de significação social e muito menos "perder a paciência" com repórteres provocativos. Provocar, aliás, é um verbo conjugado pela missão investigativa da mídia.
Vejamos, agora, a questão sob o ângulo do entretenimento, pois tanto o senador Requião quanto outros políticos e celebridades carimbam certos programas de humor como "excrescência, apelativos e constrangedores".
O entretenimento, como se sabe, faz parte do menu da comunicação de massa. Levado ao território dos olimpianos - artistas, cantores, políticos, famosos em geral -, incorpora condimentos azeitados com aspectos da vida pessoal.
Não raro os entrevistados passam por uma bateria de perguntas embaraçadoras, sarcásticas e, convenhamos, insultuosas em certos casos.

Neste ponto, convém lembrar que o universo das celebridades - incluindo os políticos - cultiva certo gosto pelo dandismo, e este estilo afetado cai bem no perfil de atores do teatro midiático.
Não são poucos os que apostam no preceito de que serão mais festejados e glorificados ao "se fazerem notar a qualquer preço".
Tal noção lhes impõe uma estética exuberante (indumentária chocante) e uma semântica estrondeante (estrupícios linguísticos).
Celebra-se, assim, um casamento de conveniências, o que dá "liberdade" a determinados programas de TV às tais "provocações" - com derrapadas pelo terreno da infâmia - e consequentes conflitos entre as partes.
Não raro ocorre interpenetração dos espaços dos verbos "zoar, gozar, tirar sarro, brincar, ironizar" e dos corredores dos verbos "discriminar, humilhar, ofender, agredir, perseguir, ameaçar".

O bullying político, a que se refere o senador, estaria no segundo território.
Para se caracterizar como tal, porém, a violência psicológica sobre o político deveria conter o elemento repetição, ou seja, a vítima deveria ser submetida a frequente assédio pelos algozes.
Nossas vítimas políticas seriam sempre as mesmas?
E mais, no bullying os indivíduos intimidados ou agredidos pelo valentão (bully) não são capazes de se defender.
Valentia por valentia, como se pode ver, Requião é mais campeão.
Se alguém não desejar responder às "provocações" de um repórter, o silêncio é também uma forma de expressão.

Quem se sente atingido na honra pode apelar aos tribunais.
São inúmeros os casos de pessoas que recorrem à Justiça para se defenderem de calúnia, injúria e difamação.
Já o bullying nas escolas de nosso país deve ser matéria prioritária de educadores, governantes e políticos.
A humilhação infligida a milhares de crianças ensombrece nosso amanhã pela ameaça de termos parcela de uma geração atrofiada pela violência física e psicológica.

Por último, seria conveniente que os tocadores da banda midiática que assedia celebridades e políticos usassem a régua do bom senso.

(Fonte: Arquivo de artigos etc - Posted by ARTIGOS)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Carta do Zé Agricultor ao Luis da Cidade (Crônica)



A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbosa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é Engenheiro Florestal, especialista em Direito Sócio Ambiental, Empresário, Diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do Primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.

Carta do Zé Agricultor Para Luis da Cidade.

Prezado Luis, Quanto Tempo.
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né ? O Zé do sapato sujo ?
Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo? Hehehe, era eu.
Quando eu descia do caminhão de volta para casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite.
De madrugada o pai precisava de ajuda para tirar leite das vacas.
Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis ?

Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês.
Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro...
Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.

Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.

Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do Governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis ?

Para ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né.) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário ?

Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa ! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis ? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador para ter luz boa no quarto do Juca.

Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele.
Bom Luis, tive que pedir ao Juca para voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo.
Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele para delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.

Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né ? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.

Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas para proteger o rio, um tal de digestor..
Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia para fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e para poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não vai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas para o orfanato da cidade.
Ô Luis, aí quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né ?

Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados.
As vacas agora não podem chegar no rio para não sujar, nem fazer erosão.
Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade.
A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto.
Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo.
Só vejo água fedida e lixo boiando para todo lado.

Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis ? Quem será ?
Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão.
Cortar árvore então, Nossa Senhora !
Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.

Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar.
Passaram 8 meses e ninguém apareceu para fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei.
Pronto ! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do
Promotor porque virei criminoso reincidente..
Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.

Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia.
Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é para todos.

Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça.
Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe para levar para casa.
Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.

Até mais Luis.

Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.

(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Os Psicopatas estão entre nós

Ao contrário do que se possa imaginar, a maioria dos psicopatas está do lado de fora das grades

Engana-se aquele que pensa que os psicopatas são os assassinos em série, estupradores ou pedófilos. Segundo pesquisador sobre o assunto e mestrando em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Elter Garcia, os psicopatas, dificilmente, são presos: na maioria dos casos, os crimes são perfeitos e eles estão totalmente adaptados à sociedade.

“A maioria das pessoas acha que está longe dos psicopatas, mas a maioria deles está entre nós. Quem tem psicopatia, não se perde nas emoções. Isso faz com que eles, dificilmente, sejam detectados. Além disso, os psicopatas não matam sem uma razão muito forte. Eles matam para atingir um objetivo. Esse tipo de pessoa comete crimes com muita inteligência. É o caso da Suzane von Richthofen, que planejou com frieza a morte dos pais, para ficar com a herança. Ela só foi pega porque os seus comparsas a denunciaram”.

Nesse sentido, Garcia explica que Wellington Menezes de Oliveira – que assassinou 12 adolescentes em escola municipal de Realengo, no Rio de Janeiro, na semana passada – não tinha perfil de psicopata, mas de esquizofrênico.
“O psicopata não faz nada contra si mesmo e Wellington se matou, além disso, a morte das crianças não tinha um objetivo final maior que remetesse à satisfação pessoal posterior”, diferencia.

Dessa forma, Garcia explica que grande parte dos psicopatas pode ser encontrada nas concorrências por altos cargos das grandes corporações. “Os psicopatas são excelentes profissionais, pois têm uma visão fria das coisas. É bastante comum encontrá-los na disputa de altos cargos. Eles buscam alcançar a liderança passando por cima de todos, nem que – para isso – tenham que inventar um escândalo, minuciosamente programado, para derrubar seu concorrente”.

Elter Garcia – que também é diretor da Cadeia Pública Hildebrando de Souza de Ponta Grossa – afirma que, ao longo de sua experiência, teve contato com apenas um psicopata. “É mais fácil encontrá-los no dia a dia. O psicopata dificilmente erra e, consequentemente, dificilmente vai preso. Outra questão é o diagnóstico: quando acabam na prisão, os psicopatas sabem que estão sendo analisados e, por isso, conseguem simular emoções”.

Exemplo de psicopata, de acordo com Elter Garcia, pode ser visto no filme ‘Prenda-me se for capaz’, uma história real de um jovem falsificador que se faz passar por piloto de avião, médico, promotor e professor de História. “Esse filme mostra claramente: o rapaz não mata ninguém, apenas ludibria e mente para alcançar seu objetivo”.

Simone Sanson explica que os psicopatas buscam satisfação pessoal.

De acordo com a psicóloga e especialista em sociologia jurídica, Simone Sanson, psicopatia é uma alteração neuropsicológica, em que a pessoa apresenta dificuldade de estabelecer vínculos afetivos verdadeiros. Apresenta frieza nas emoções e busca satisfação pessoal”.

Indícios de psicopatia, segundo Simone, podem ser percebidos desde a infância.
“São crianças que já cometem bullying e fazem crueldade com os animais. Elas mentem friamente, disfarçam e sempre acham uma forma de colocar a culpa em ou­tras pessoas”.

Problema, de acordo com ela, é que muitos pais não se atentam a essas características:
“Eles não dão maior importância, acham que é coisa da idade e que vai melhorar. E, com isso, a psicopatia vai se desenvolvendo”, detalha, acrescentando que crianças com características de psicopatia são extremamente sedutoras.

Na adolescência, essa pessoa começa a praticar pequenos furtos, sempre colocando a culpa no outro:
“O adolescente não aceita regras, passa sempre por bonzinho e age como não se incomodasse com os outros.

Na fase adulta, a situação se agrava, pois há o envolvimento com a criminalidade.
Os grandes traficantes, por exemplo, podem ser considerados como psicopatas, pois efetuam a venda de drogas de forma bastante organizada, com o objetivo de alcançar situação financeira confortável.
Além disso, os traficantes não são usuários, pois os psicopatas não fazem mal a si mesmos”.

Nesse sentido, é importante que os pais estejam atentos para as manifestações comportamentais, desde a fase da infância.
“Nem todas as pessoas que apresentam essas características são psicopatas, mas podem ser. Não é um diagnóstico fácil, por isso é preciso acompanhamento de psicólogo e psiquiatra”.

(Fonte:http://diariodoscampos.com.br/cidades/noticias/41395/?noticia=os-psicopatas-estao-entre-nos)

Preferência por um filho

Preferência por um filho:
Não sinta culpa se você se identifica mais com um dos seus filhos (só não deixe as crianças notarem)

É provável essa matéria tenha o efeito de um soco no estômago (e um aperto no coração) nos mais sensíveis. Afinal, na teoria, os pais amam igualmente todos os seus filhos. Mas, na prática, a dinâmica familiar não funciona conforme determinadas regras. Ou você não conhece algum caso de pais que preferem um dos filhos, mesmo que não se deem conta disso?

Desde que a psicóloga norte-americana Ellen Libby lançou “The Favorite Child” (“A Criança Favorita”, em tradução livre), em 2010, o debate entre os especialistas aumentou (e muitos concordam com ela). Ellen, que acumula 30 anos de prática clínica, diz que ter um filho favorito não é uma violação de um código moral. “Um pai não é igual a uma mãe. E um filho não é igual ao outro”, escreveu. Segunda ela, os motivos que levam pais a elegerem determinado rebento como queridinho são vários.

Um deles, é claro, diz respeito ao primeiro filho, a criança que veio ao mundo para transformar aquele casal em pais. Mas é comum que o posto seja roubado, futuramente, pelo caçula –que também está sujeito a perder o título se um terceiro herdeiro chegar ao mundo e assumir o posto de mais novo.

Ellen Libby considera outros fatores determinantes: o sexo da criança, pois, em famílias conservadoras ou machistas, o primeiro filho homem é um orgulho e tanto; o fato do filho se parecer com a família do pai ou da mãe; a demonstração de habilidades que os pais gostariam de ter, o que impulsionaria o mecanismo da projeção.

Personalidades compatíveis
Para o psiquiatra Wimer Bottura, membro da Associação Paulista de Medicina (APM), a abordagem de “The Favorite Child” é superficial em alguns aspectos. “Ela não se aprofunda em uma questão essencial, que é a da personalidade da criança. Muitas vezes, os pais acabam se identificando com o filho mais cordato e fácil de lidar, que faz tudo o que eles querem. O filho de personalidade forte acaba sendo preterido”, afirma.

O psiquiatra diz, ainda, que, ao contrário do que o senso comum poderia imaginar, o filho preferido nem sempre é o mais feliz e pode crescer inseguro. “Essa criança vive com medo decepcionar os pais e carregar um sentimento de culpa por não corresponder às expectativas que nela são depositadas. Ao crescer, pode se tornar um adulto perfeccionista e problemático”, alerta. Bottura diz, porém, que nem sempre a criança é capaz de identificar a preferência do pai ou da mãe.

“Em famílias grandes, é comum que as crianças sempre se considerem preteridas, nunca as favoritas.” Ainda segundo o especialista, por não contarem com a maior fatia da atenção e dedicação da família, os preteridos acabam desenvolvendo mecanismos para sobreviver, ou seja, se tornam mais independentes, ativos, audazes e emocionalmente saudáveis.

No livro, Ellen Libby discorre sobre o fato de a preferência mudar conforme os acontecimentos e as fases das crianças. “Não vejo isso como algo benéfico, mas pode ser favorável no caso dos filhos que precisam de maior atenção ou cuidado”, comenta a educadora e mediadora de conflitos Suely Buriasco, de São Paulo. São os períodos, por exemplo, de doença, dificuldade nos estudos, problemas de relacionamento interpessoal etc.

“Para mim, esse tipo de relação, eterna ou temporária, será prejudicial à família sempre que representar cisão, divisão ou rompimento emocional com os outros filhos”, completa Suely, que alerta para o fato de que demonstrar explicitamente a preferência é muito mais grave do que ter. “Uma afinidade velada não traria grandes danos à família, diferente da que se evidencia.”

Via de regra, a questão da preferência acomete boa parte das famílias, mas é comum os pais não admitirem o favoritismo. “Ou até admitem, mas não aceitam. Admitir essa verdade inconveniente não é tarefa fácil, mas pode ser uma ação libertadora, pois possibilita o diálogo”, destaca Wimer Bottura.

Assumir o favoritismo para si mesmo, sem culpa, e policiar as atitudes para evitar que a preferência seja evidente para os outros pode preservar a família. “Para tanto, é necessária a compreensão de que esse sentimento não o afasta dos outros filhos, não os fazem menos amados ou importantes. Simplesmente existe mais afinidade com um deles”, conclui Suely.

(Fonte:UOL)

Obesidade Mental - Andrew Oitke



O professor Andrew Oitke, publicou o seu polêmico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.

«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses."

Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.

Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.

Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.

O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.

Com uma “alimentação intelectual” tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.”

Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: “O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”

O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante. “Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.”

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.

«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.

Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.

Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.

Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.

Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».

As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.

«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.

A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxa ou doentia.

Floresce a pornografia, o cabonitismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.

Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade.

O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.

O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.

O mundo precisa sobretudo de dieta mental.

(Fonte:Teias - Andrew Oitke)

domingo, 3 de abril de 2011

É esse o mundo que você vai deixar de herança aos seus filhos?

É esse mundo que você quer deixar de herança para seus filhos?

É esse mundo que você quer deixar de herança para seus filhos?
Um mundo onde mulheres são tratadas como coisas, propriedades e não pessoas.
Onde não tem direitos, muito menos em igualdade aos homens,simplesmente pelo fato de serem mulheres.
Mulheres sem voz, sem defesa, sem poder e sem direito de opinar.
Mundo esse onde uma mulher é condenada a morte por apedrejamentopor supostamente ter cometido adultério.
Absurdo esse mais uma vez sustentado pela eterna “obediência” religiosa.
Mundo cego, surdo e mudo que finge não ver e não se importar com todas as atrocidades.
Um mundo que não sabe respeitar que cada um possa ter sua própria visão de Deus e tenta impor a força aquilo que considera sua verdade.
Um mundo onde não se pratica um dos maiores ensinamentos de Cristo que é o amor, mas ao contrário, se mata usando seu nome e usa-se como desculpa os textos da bíblia, interpretados com ódio, preconceito e intolerância.
Um mundo onde se paga pelas suas origens.
Onde a cor da pele vale mais do que o caráter e os sentimentos.
Um mundo tolo onde algumas raças sentem-se no direito de subjulgar, humilhar, explorar e exterminar outras.
Um mundo onde vale tudo a qualquer preço, desde que se lucre com isso.
Exporam o ser humano, mentem, enganam, matam sonhos.
Destroem o próprio meio ambiente, soberbos e crentes de que estão acima do bem e do mal.
Um mundo de mentiras, desigualdade, preconceitos, exploração e ilusão.
Um mundo que não valoriza o “quem se é” mas sim “o que se possuí”.
Mundo esse que simplesmente não vê, que somos sim todos iguais.
Não importa o exterior, a pele, a religião, o sexo ou sexualidade.
Por dentro todos somos exatamente iguais,temos um coração que bate da mesma forma, temos sonhos e esperanças.
Somos todos Seres Humanos e era somente isso que deveria contar.
Não temos o direito de julgar, discriminar, maltratar ou condenar ninguém.
Nosso único direito, nato e absoluto é amar e respeitar.

O mundo precisa de uma corrente de amor, precisa de tolerância, respeito, luz e paz. Precisamos unificar nossas forças enquanto ainda é tempo e enquanto a esperança ainda tilinta, mesmo que quase apagada. Enquanto ainda temos tempo para fazer do mundo da intolerância e da dor, o mundo da igualdade e do amor para nossos filhos. Ame, respeite, seja e deixe ser.

(Por RebelHeartBR)

Colocando o carro na frente dos Bois

Colocando o carro na frente dos bois

“Não coloque o carro na frente dos bois…”

Quem nunca ouviu uma pessoa mais velha dizer esse ditado?
Com certeza todos nós já fomos aconselhados uma vez ou outra a não sermos apressados, não nos adiantarmos e tomarmos decisões precipitadas sobre algo…
Enfim, o ditado em sí refere-se ao carro de boi, que obviamente só tem funcionalidade se for puxado pelos bois, e portanto se colocado na frente dos mesmos simplesmente não sairá do lugar…
Eu decidi usar esse ditado para falar sobre algo que andei observando:
-A precocidade dos mais jovens e sua pressa desesperada em crescer.
Não faz muito tempo não, quando eu era criança, permanecíamos crianças até nossos 14, 15 anos pra depois começarmos a aproveitar a fase da adolescência e juventude, para depois dos 21 começarmos a tão almejada vida adulta.
E mesmo assim, aos 21 a maioria estava ainda aproveitando os primeiros namorados(as), os “bailinhos” na casa dos vizinhos, a faculdade e o primeiro emprego.
Casamento, filhos… Tudo era ainda para o futuro…
Hoje parece que estamos “atropelando” as fases gostosas da vida.
Não vemos crianças brincando, pois com tanta violência e o medo que ela gera, a amizade se resume a scraps no orkut e conversas no MSN, e desde cedo as crianças aprendem a ser impessoais e não sabem se relacionar muito bem no mundo real.
O namoro, que antes demorava mais um pouco pra começar, hoje se inicia nos 10, 11 anos, e a vida sexual muitas vezes até antes disso.
A criança age como adolescente e deixa de viver as duas fases.
Quando adolescentes, muitos já tem família constituída, e ao chegarem a idade adulta já tem seus filhos e muitas vezes até ja experimentaram um divórcio.

Me pergunto, por que tanta pressa em crescer?
Por que colocar o carro na frente dos bois?

A geração atual está deixando de viver muitas das fases mais legais de sua vida e com elas as experiências.
Já não tem mais a paquera, a conquista, o romance.
Não há tempo para isso, hoje o negócio é “ficar”, “catar” e etc… A moda para o rapaz é ser "pegador" e para a moça é "beijar muuuuito".
E tudo rápido, pra ontem, superficial e descartável.

É preciso reaprender a ser criança, adolescente e adulto.
É preciso reaprender a crescer de forma saudável (emocionalmente), viver cada fase e aprender com ela o que tem que ser aprendido.
Não ter pressa de envelhecer, mas aproveitar cada ano vivido, cada lição e cada coisa aprendida.

Crianças devem brincar, se relacionar, interagir…
Adolescentes devem aprender a crescer e ter ajuda e orientação para prepará-lo para a próxima fase…
Por isso, chega de pressa.
Cada coisa na sua hora…
Não é o tempo que faz você, mas você faz seu tempo…

(Fonte: RebelHeartBR)

Quem é Odilon Ferreira

Quem É Odilon Ferreira??

Vamos falar um pouco de CRIME ORGANIZADO.
Uma investigação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público abortou um plano de traficantes para matar vários juízes federais e outras autoridades do Judiciário e do MP.
As ordens para as execuções seriam dadas de dentro do Presídio Militar de Campo Grande, onde está preso o cabo do Corpo de Bombeiros Ales Marques, acusado de tráfico internacional de armas e drogas.
Procuradores da República e a PF estão mantendo o caso em sigilo e não revelam quem estaria entre os prováveis alvos.
No estado, pelo menos dois magistrados usam escolta de agentes federais por causa de constantes ameaças de morte.
Os investigadores não informaram como o plano foi descoberto, já que o caso ainda está sendo apurado, mas a Polícia Federal coletou informações em várias ações de Marques.
Uma delas foi sua saída do Presídio Militar de Campo Grande para fazer uma busca em uma cháraca próxima à cidade.
Ele estava acompanhado por outros militares que faziam a escolta, mas sem qualquer identificação.
O Ministério Público em Mato Grosso do Sul pediu à Justiça a transferência do acusado para um presídio federal em outra região do país.
Além disso, a PF abriu inquérito não apenas para apurar o suposto plano de morte contra as autoridades, mas também para verificar a existência de um esquema de suborno.

Em outubro de 2009, o Correio publicou uma série de reportagens mostrando que vários juízes em todo o país estavam sob ameaça de morte.
Um deles é Odilon de Oliveira, que mora em Mato Grosso do Sul, e que anda escoltado por policiais desde que foi ameaçado por traficantes que atuam na fronteira com o Paraguai.

QUEM É ODILON DE OLIVEIRA????

Odilon de Oliveira, de 56 anos, estende o colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados.
Oliveira é juiz federal em Ponta Porã , cidade de Mato Grosso do Sul , na fronteira com o Paraguai , está jurado de morte pelo crime organizado. Está morando no fórum da cidade.
Só sai quando é extremamente necessário, e ainda assim sob forte escolta.
Em um ano, o juiz condenou 114 traficantes a penas, somadas, de 919 anos e 6 meses de cadeia, e ainda confiscou seus bens.
Como aqueles que ele colocou atrás das grades, ele também perdeu a liberdade.
-"A única diferença é que tenho a chave da minha prisão." - Ele diz.
Traficantes brasileiros que agem no Paraguai se dispõem a pagar US$300 mil para vê-lo morto.
Desde junho do ano passado, quando o juiz assumiu a vara de Ponta Porã, porta de entrada da cocaína e da maconha distribuídas em grande parte do País, as organizações criminosas tiveram muitas baixas.
Nos últimos 12 meses, sua vara foi a que mais condenou traficantes no País.
Oliveira confiscou ainda:
- 12 fazendas, num total de 12.832 hectares,
- 3 mansões - uma, em Ponta Porã , avaliada em R$ 5,8 milhões
- 3 apartamentos,
- 3 casas,
- dezenas de veículos
- 3 aviões.
Tudo comprado com dinheiro das drogas.
Por meio de telefonemas, cartas anônimas e avisos mandados por presos, Oliveira soube que estavam dispostos a comprar sua morte.
-'Os agentes descobriram planos para me matar, inicialmente com oferta de US$100 mil.
'No dia 26 de junho, o jornal paraguaio "Lá Nación" informou que a cotação do juiz no mercado do crime encomendado havia subido para US$ 300 mil.
-'Estou valorizado', brincou.
Ele recebeu um carro com blindagem para tiros de fuzil AR-15 e passou a andar escoltado.
Para preservar a família, mudou-se para o quartel do Exército e em seguida para um hotel.
Há duas semanas, decidiu transformar o prédio do Fórum Federal em casa.
-'No hotel, a escolta chamava muito a atenção e dava despesa para a PF.'
É o único caso de juiz que vive confinado no Brasil.
A sala de despachos de Oliveira virou quarto de dormir.
No armário de madeira, antes abarrotado de processos, estão colchonete, roupas de cama e objetos de uso pessoal. O banheiro privativo ganhou chuveiro.
A família - mulher, filho e duas filhas, que iam mudar para Ponta Porã, teve de continuar em Campo Grande.
O juiz só vai para casa a cada 15 dias, com seguranças.
Oliveira teve de abrir mão dos restaurantes e almoça um marmitex, comprado em locais estratégicos, porque o juiz já foi ameaçado de envenenamento.
O jantar é feito ali mesmo. Entre um processo e outro, toma um suco ou come uma fruta.-'Sozinho, não me arrisco a sair nem na calçada.'
Uma sala de audiências virou dormitório, com três beliches e televisão.
Quando o juiz precisa cortar o cabelo, veste colete à prova de bala e sai com a escolta.
-'Estou aqui há um ano e nem conheço a cidade.'
Na última ida a um shopping, foi abordado por um traficante.
Os agentes tiveram de intervir. Hora extra.
Azar do tráfico que o juiz tenha de ficar recluso.
Acostumado a deitar cedo e levantar de madrugada, ele preenche o tempo com trabalho. De seu 'bunker', auxiliado por funcionários que trabalham até alta noite, vai disparando sentenças:
-Como a que condenou o mega traficante Erineu Domingos Soligo, o Pingo, a 26 anos e 4 meses de reclusão, mais multa de R$ 285 mil e o confisco de R$ 2,4 milhões resultantes de lavagem de dinheiro, além da perda de duas fazendas, dois terrenos e todo o gado.
-Carlos Pavão Espíndola foi condenado a 10 anos de prisão e multa de R$ 28,6 mil.Os irmãos , condenados respectivamente a 21 anos de reclusão e multa de R$78,5 mil e 16 anos de reclusão, mais multa de R$56 mil, perderam três fazendas.
-O mega traficante Carlos Alberto da Silva Duro pegou 11 anos, multa de R$82,3 mil e perdeu R$ 733 mil, três terrenos e uma caminhonete.
-Aldo José Marques Brandão pegou 27 anos, mais multa de R$ 272 mil, e teve confiscados R$ 875 mil e uma fazenda.
-Doze réus foram extraditados do Paraguai a pedido do juiz, inclusive o 'rei da soja' no país vizinho, Odacir Antonio Dametto e Sandro Mendonça do Nascimento, braço direito do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
' As autoridades paraguaias passaram a colaborar porque estão vendo os criminosos serem condenados.'
O juiz não se intimida com as ameaças e não se rende a apelos da família, que quer vê-lo longe desse barril de pólvora.
Ele é titular de uma vara em Campo Grande e poderia ser transferido, mas acha 'dever de ofício' enfrentar o narcotráfico.'
Quem traz mais danos à sociedade é mega traficante.
Não posso ignorar isso e prender só mulas (pequenos traficantes) em troca de dormir tranqüilo e andar sem segurança.'

ENTREVISTA AO JORNAL CORREIO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (13/05/2009)http://odilon.telmeworlds.sg/post/45573/ 1) CORREIO: o PCC ainda está em atividade no Brasil?
ODILON: Fundado em 31.08.93, no interior de São Paulo, essa facção criminosa não se encontra presente apenas no Brasil. Está em franca e crescente atividade também em outros países da América do Sul, como Bolívia e, principalmente, Paraguai.O grupo mantém fortes contatos também com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Está cada vez mais bem estruturado com pessoal, armamento, recursos financeiros e disciplina. Estima-se que de cada cinco dos 440 mil presos do Brasil um seja membro do PCC.A maior incidência está no Estado de São Paulo, assumindo Mato Grosso do Sul, por conta do Paraguai e da Bolívia, a segunda posição. A facção teria um exército de mais ou menos 84 mil integrantes. As FARC, grupo terrorista colombiano fundado em maio de 1964, possuem apenas 10 mil integrantes. Outro perfil do PCC, além de sua finalidade econômica, é de natureza terrorista.

2) CORREIO: O Senhor acredita que o PCC tenha participado do assalto à residência do prefeito de Campo Grande?
ODILON: Tenho quase certeza. Campo Grande, Dourados e a fronteira com o Paraguai possuem grande concentração de integrantes dessa facção, presos e também em liberdade. Anderson, nominado pela imprensa, realmente consta da lista de integrantes do PCC, ocupando, nesta capital, função de destaque. O assalto certamente teve duas finalidades: uma de natureza financeira e outra de cunho auto-afirmativo. Essa organização, a exemplo de outras, como o Comando Vermelho, para manter-se e ampliar seus domínios, precisa de recursos e seus membros subalternos guardam a obrigação normativa e moral de provar suas audácias contra autoridades. Isto serve de recado para o Poder Público.

3) CORREIO: O PCC tem condições para repetir os ataques de 2006?
ODILON: Tem potencial e disposição. Naquele ano, foram 1.032 ataques violentos, com um saldo de centenas de mortos, dos quais 119 policiais e agentes penitenciários. No mesmo ano, o terrorismo, no mundo todo, produziu 14 mil ataques e 20 mil mortes. Em 2008, havia um plano de ataques semelhantes, a ser executado nos dias anteriores às eleições, com conotações visivelmente políticas como fora em 2006. Não se concretizou porque, descoberto o plano, as autoridades adotaram providências preventivas, nulificando os atos preparatórios. O PCC vai continuar desafiando o Estado-repressor.

4) CORREIO: Isto significa que o PCC está competindo com o Estado?
ODILON: Significa que a facção, por conta da generosidade das leis e da permissividade dos encarregados de aplicá-las, está afrontando a todos. Até o Exército, com todo o seu poderio e o respeito que impõe, foi recentemente vítima da ousadia dessa organização (roubo de armas de um quartel de Caçapava/SP e assalto a uma agência bancária situada no Quartel General do Exército, em Brasília-DF).
De 2001 para cá, os ataques a fóruns estaduais, no Estado de São Paulo, inclusive com explosivos, foram muitos.
O PCC desenvolve dois tipos de criminalidade:
a) institucional ou concentrada, onde se agrupam os delitos cujo controle está centralizado em sua cúpula, como os grandes assaltos, ataques a repartições, assassinatos de certas pessoas, rebeliões, certos seqüestros;
b) esparsa ou incidental, onde se colocam todos os crimes para cuja execução não é necessário “salve” ou autorização da cúpula. O controle não é concentrado, dando-se por iniciativa e responsabilidade individuais ou de um grupo do partido.
O produto se destina ao custeio de mensalidades devidas à facção e à subsistência dos próprios autores.

5) CORREIO: O que leva o PCC a se expandir pela América do Sul?
ODILON: A facção objetiva subir os degraus da criminalidade, preferencialmente adquirindo feições terroristas. Para isto, é necessário expandir seus domínios sobre uma base territorial cada vez maior. O grande atrativo do PCC no Paraguai, Bolívia e Colômbia são as drogas, notadamente a cocaína. Suas fontes de rendas são drogas, seqüestros, mensalidades, assaltos a bancos, a carros-fortes, cargas, investimentos etc.Com relação ao Paraguai, há outros atrativos: esconderijo, compra de armas, pistolagem e lavagem de dinheiro.
Muitos cometem crimes no Brasil e fogem para aquele país, dificultando a ação da justiça brasileira. A aquisição de armamento para estruturação e para revenda é uma constante. Crimes de pistolagem rendem dinheiro para o pagamento de mensalidades ao grupo. Há inúmeras casas de câmbio, no Paraguai, sem controle rígido, para lavagem.

6) CORREIO: O PCC tem praticado seqüestros no Paraguai?
ODILON: Vários. Em 2001, o PCC e o Partido Pátria Livre, do Paraguai, sob a liderança das FARC, seqüestraram Maria Edith, esposa de um empresário da construção civil. O resgate foi de 1 milhão de dólares.
O Brasil deu asilo a três dos seqüestradores: Juan Arron, Anuncio Martí e Victor Colmán. Uma vergonha!
Em 2004, a vítima foi Cecília Cubas, filha do ex-presidente Raul Cubas. Foi pago resgate de 800 mil dólares, mas a vítima foi assassinada no cativeiro.
Em maio de 2007, sob a liderança do brasileiro Valdecir Pinheiro, do PCC, a vítima foi o japonês Hirokazu Ota, chefe da Seita Moon, naquele país.
Valdecir, morto pela polícia paraguaia em 2008, era acusado de mais nove seqüestros no Paraguai.
Somente em 2007, o Paraguai registrou mais de sete seqüestros com suspeita de participação de brasileiros.

7) CORREIO: Que interesse tem as FARC em relação ao PCC?
ODILON: As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) possuem uma ideologia marxista, à falsa pregação de buscar uma sociedade igualitária, sem classes, gerenciada por um poder proletariado. A materialização dessa ideologia depende de um programa e a implantação deste necessita de receitas.
Quarenta e cinco por cento da receita das FARC provêm de cocaína, vendida para o mundo todo. O Brasil, nesse cenário, é um grande cliente da Colômbia.
O PCC negocia cocaína diretamente com as FARC e até lhe fornece armas saídas do Paraguai. Aquele grupo terrorista, buscando sua expansão nos demais países da América do Sul, difunde sua ideologia e procura reconhecimento político.
Os laços mantidos com outras organizações, como o PCC e o PPL (Partido Pátria Livre) do Paraguai, fazem parte das relações internacionais cultivadas pelas FARC.
Um dos benefícios obtidos está no fato de o Brasil haver concedido mais de 400 asilos políticos, desde o primeiro Governo Lula, a guerrilheiros colombianos.

8) CORREIO: Por que o senhor classifica o PCC como grupo terrorista?
ODILON: Terrorismo não é somente aquele ato de fundo religioso.
Divide-se em duas grandes vertentes:
o terrorismo islâmico, existente apenas nos países seguidores do islã, embora ataque fora também, e o não islâmico.
O primeiro é motivado por um conflito ideológico e normativo entre os costumes orientais e os ocidentais. Sua ala fundamentalista, de que faz parte a AL QAEDA, de Bin Laden, pretende criar uma república mundial islâmica ou, pelo menos, não permitir que os costumes ocidentais influenciem a ideologia islâmica. Uma utopia.O terrorismo não islâmico também se subdivide em nacionalista (separatista ou político), político administrativo, étnico e moral. Diferente do islâmico fundamentalista, o nacionalista tem uma atuação territorial delimitada. O ramo separatista busca uma pátria, independência territorial, política e administrativa. O Hamas quer um Estado palestino em relação a Israel.
O ETA, o IRA e os Tigres Tâmeis do Sri Lanka também são exemplos.Já o nacionalista político deseja apenas mudar a forma (república/monarquia) ou o sistema (presidencialismo/parlamentarismo) de governo, a forma de Estado (unitário/federativo) ou ainda o regime político (democrático/autoritário).
As FARC não querem dividir o território colombiano nem o Sendero Luminoso deseja isto no Peru, mas apenas a implantação de um regime marxista-leninista (comunismo). O Brasil viveu vários exemplos desse tipo de terrorismo, em torno de oito organizações, como a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária – capitão Lamarca, Dilma Roussef), ALN (Aliança Libertadora Nacional – Carlos Mariguella) e o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro – Fernando Gabeira, Franklin Martins).
O político administrativo, normalmente com finalidade econômica, volta-se apenas contra o Estado-repressor, atacando o Judiciário, o Ministério Público, o sistema penitenciário, pessoas, repartições. Sempre o faz com o intuito de remover de seu caminho o que compreenda como obstáculos a seus objetivos.

Quando mata uma autoridade ou ataca um fórum, o objetivo não se esgota com esse resultado.
Na verdade, esse é um meio para remover de sua frente o Estado-repressor.
Qualquer pessoa (João, José ou Pedro) exercente daquele cargo morreria.
O fim não é matar a pessoa física, mas atingir o Estado.
É diferente de um assassinato comum, onde a vontade do criminoso se esgota com a morte do desafeto. O PCC se enquadra nesta modalidade.

9) CORREIO: O que se deve fazer para combater o PCC?
ODILON: Primeiro, não pensar que o PCC está morto ou brincando.
Segundo, é preciso conhecer, a fundo, o DNA dessa organização, edificando-se um mosaico completo a seu respeito.
Por fim, reprimi-lo sem piedade.

O Estado não deve se ajoelhar diante de bandidos.
A liberdade das ruas e praças deve ficar reservada às pessoas de bem.

Lugar de vagabundos é na cadeia. Só isto.


(Fonte: Correio Braziliense)

A Evolução do ensino da Matemática


A Evolução da Educação:

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia.
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas.
Durante o Hino Nacional todos mantinham-se em postura de respeito.
Ninguém ficava conversando ou rindo.
Essa semana, recebí por email o relato de uma professora de Matemática:

"Semana passada comprei um produto que custou R$15,80.
Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas.A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso???

Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim: -->
1. Ensino de matemática em 1950:Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda . Qual é o lucro?

-->2. Ensino de matemática em 1970:Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00. Qual é o lucro?

-->3. Ensino de matemática em 1980:Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00.Qual é o lucro?

-->4. Ensino de matemática em 1990:Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

-->5. Ensino de matemática em 2000:Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00.O lucro é de R$ 20,00.
Está certo? ( )SIM ( ) NÃO

-->6. Ensino de matemática em 2009:Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no:
R$ 20,00:( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

-->7. Em 2010 vai ser assim:Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder):
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00.

"Parece piada, não é?...
Mas realmente é essa a realidade triste da educação.
E não duvidem!!! Se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.

É.... foi exatamente isso que aconteceu há poucos meses atrás: uma professora foi processada pelos pais de um aluno, alegando que ela teria causado traumas e danos emocionais ao aluno depois de tê-lo feito pintar as paredes que antes ele havia pichado.

Em 1969 os pais do aluno perguntariam ao "aluno": "Que notas são estas, meu filho????

Atualmente os pais do aluno perguntam ao "professor": "Que notas são estas...????




Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

"Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive".


(desconheço o autor)

Ninguém é insubstituível



Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráfico e, olhando nos olhos de cada um ameaça:
"ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e ... quem substituiu Beethoven?Silêncio.
O funcionário fala então:

"- Ouvi essa estória esses dias contados por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da "máquina” (organização) e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico?
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis."

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro.
Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo.
E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados. . . . . . Apenas peças.
Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'.
Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
- "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível".

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.”

“No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é, e outras, que vão te odiar pelo mesmo motivo. Acostume-se..."

sábado, 2 de abril de 2011

Essa calou os americanos!!!

Esse texto faço questão absoluta de ressaltar sempre... faço questão de publicar sempre que posso para que ninguém esqueça tão nobre atitude de defesa ao nosso país!
Essa calou os americanos!!!!!!!!

SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!
Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso".
"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade".
"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.
O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."
"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país".
"Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais.
Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação".
"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo.
O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano.
Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado".
"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.
Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade.
Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro".
"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.
Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil".
"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro".
"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o
mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"

DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS.
AJUDE A DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS LÍNGUAS QUE DOMINAR.

Você já fez seu imposto de renda 2011??

Texto publicado em 2010 e republicado agora...
E NÃO SE ESQUEÇA!!!!
Já atualizou sua lista de dependentes do IR?... Não?
Então pode copiar da minha.

DECLARAÇÃO ANUAL DE RENDIMENTOS - PESSOA FÍSICA
RELAÇÃO OFICIAL DOS MEUS DEPENDENTES:
01) Governo Federal - IR, CPMF etc.;
02) Governo Estadual - IPVA, ICMS etc.;
03) Governo Municipal - IPTU, TRSD, ISSQN etc.;
04) INSS - Contribuição previdenciária;
05) Conselho Regional Profissional - Contribuição anual ;
06) Sindicato da Categoria Profissional - Contribuição anual;
07) DMAE/COMLURB - Contas de água e esgoto (consumo mínimo mesmo que não tenha consumido) e taxa de coleta de lixo;
08) CEEE/CEG - Contas de luz e gás (consumo mínimo mesmo que não tenha consumido);
09) Telefonica/BrasilTelecom /TIM/ CLARO / VIVO celular - Assinatura mensal;
10) Plano de Saúde - Mensalidade;
11) Detran - Licenciamento anual de veículo, transferência e renovação de carteira de habilitação;
12) Contran - Taxa de inspeção veicular;
13) IRB - Seguro automotor obrigatório ;
14) Concessionárias de estradas de rodagem - Pedágios ;
15) CET/DSV/ESTAR - Talões de estacionamento;
16) Terminais aeroviários e rodoviários - Taxa de uso dos sanitários e estacionamento;
17) Instituições financeiras - Taxas de administração e manutenção de contas correntes, renovação anual de cartões de crédito, requisição de talões de cheque etc;
18) Tomadores de conta de veículos, guardadores de lugar em filas, cambistas diversos, flanelinhas e vendedores de semáforos - Caixinha, cafezinho etc;
19) Carteiro, lixeiro, varredor de rua, porteiro do prédio, leitores de relógios e entregadores de contas, entregadores de gás, de água etc. - Páscoa, Natal, Ano Novo etc.;

AGORA EM O PIOR DE TUDO:
Mais 567 deputados federais 81 senadores, com as respectivas AMANTES e CORJAS.
E também deputados estaduais, prefeitos e vereadores.
Os gastos livres e sem controle dos Palácios do Planalto e da Alvorada.

Repasse!!!
É seu dever informar a todos para completarem devidamente o seu imposto de renda!